Ondas de Elliott: aprenda o que são e como usar na análise técnica

Pontos-chave: 

  • Ondas de Elliot é uma das referências para a análise gráfica, que dá suporte para os operadores compreenderem tecnicamente a movimentação de preços de um ativo e terem indícios das tendências do mercado. 
  • De acordo com os princípios das ondas de Elliot, as movimentações dos preços e os desempenho dos ativos muitas vezes são reflexos das emoções de seus compradores e vendedores.
  • Em um ciclo completo de movimentação de preço de um ativo existe um padrão de tendência principal formado por cinco ondas: 1, 2, 3, 4 e 5; além das três ondas de correção (A, B e C) no sentido contrário. Por isso, é comum depararmos como o termo: “ciclo 12345abc” em estudos sobre as ondas de Elliot.

Compreender e interpretar um gráfico pode ser o grande diferencial de um investidor que atua no mercado de capitais, principalmente se ele for adepto às operações de day trade. As Ondas de Elliot são uma teoria que dá suporte para a análise técnica, portanto seu embasamento qualifica o investidor a compreender o movimento de preço dos ativos financeiros levantando informações sobre o mercado. 

Continue a leitura e saiba como as Ondas de Elliot podem ajudar o investidor a identificar tendências, aumentando as chances de lucro em suas operações.

O que são as Ondas de Elliott?

As Ondas de Elliot fazem parte de uma sequência de teorias utilizadas na análise técnica. Junto à Teoria de Dow, elas são referências para os estudos de um investidor que busca compreender a linha de movimentações dos preços de um ativo no gráfico. 

Em suas diretrizes, está a máxima que um ativo se move em ciclos completos, que por sua vez são formados por ondas. Entre os seus pormenores, está a classificação destas ondas, que podem apontar para as tendências de mercado. 

Ondas de Elliot é uma teoria complexa, mas que dá suporte para a compreensão de vários padrões matemáticos que sustentam uma análise técnica de um operador financeiro. Além disso, esta teoria também é um marco por trazer à tona a intersecção dos estudos em psicologia financeira e análise gráfica.

Quando foi criada a teoria de Ondas de Elliot?

A teoria das Ondas de Elliot existe a mais de 70 anos atrás e foi criada por Ralph Nelson Elliot, um contador americano que, assim como Charles Dow, identificou que os preços dos papéis seguiam um padrão gráfico.

Elliot reuniu mais de setenta e cinco anos de dados sobre o mercado de ações, juntamente com gráficos de índices com variáveis anuais e a cada meia hora. Todo esse estudo e, consequentemente, a conclusão de sua teoria, foi apresentado no livro The Wave Principle (Princípios de Wave).

Conheça os princípios das Ondas de Elliot

Ralph Nelson Elliot, em seu estudo apontou que as movimentações dos preços e os comportamentos dos ativos no mercado financeiro muitas vezes são reflexos das emoções de seus compradores e vendedores. 

Sendo assim, as ondas de Elliot são uma das bases para a análise gráfica, que parte da aplicação das noções de psicologia no contexto dos investidores. Confira os importantes princípios que regem a teoria das Ondas de Elliot:

  1. Emoção: este primeiro princípio da teoria considera que os registros gráficos representam a variação de humor dos compradores/vendedores. Partindo desta vertente emocional o operador toma uma decisão, que se confirmada pelo volume, estabelece o preço do ativo.
  1. Impulsão:  a impulsão pode ser vista como um “efeito manada”, situação em que os investidores seguem determinado fluxo em detrimento da incerteza do mercado.
  1. Subjetividade: o último princípio, na verdade, é um somatório dos dois primeiros já citados: emoção e impulsão. Sendo assim, considera-se que os preços oscilaram em conformidade com a psicologia humana.

Compreenda os ciclos dos preços de um ativo e as Ondas de Elliot no gráfico 

As Ondas de Elliot tem alinhamento com a teoria fractal, que está relacionada à figura geométrica não clássica. Trata-se de um padrão em que as partes separadas repetem os traços do objeto completo, ou seja, um fractal seria uma peça que, quando dividida, teria suas frações semelhantes ao todo original. 

Diante desta informação, repare que as ondas formadas no gráfico se repetem em diversos níveis. Elas seguem um padrão de tendência principal e são formadas por cinco ondas: 1, 2, 3, 4 e 5. Além da tendência principal, seguem três ondas de correção (A, B e C) no sentido contrário à tendência de alta. Veja a imagem abaixo para compreender melhor.

Ciclo Completo

Fonte: https://www.investopedia.com/articles/technical/111401.asp

Este ciclo completo simboliza como a volatilidade e a variação de volume nem sempre é o rompimento de uma tendência de alta. E que as linhas de correção são contrárias aos impulsos anteriores, mas é preciso averiguar a confirmação da tendência, o que requer muita atenção por parte do investidor. 

O gráfico apesar de simples é a base para os próximos entendimentos, em que o estudo das ondas passa a ser mais detalhado. Além disso, a compreensão do ciclo completo oferece embasamento ao investidor, que assim pode visualizar uma reversão de uma tendência de maneira segura e rápida.

Como identificar tendências através das Ondas de Elliot?

Uma vez que as ondas nomeadas de números estão em uma curva ascendente, elas representam um impulso que leva a identificação de tendências de alta. Cada uma das ondas tem algumas particularidades, que resumidamente serão destacadas:

  • Onda 1 – Este start também pode ser uma reversão de tendência de baixa, portanto um movimento inesperado, que inclusive pode estar diante de notícias negativas. Requer mais experiência entre os investidores para a sua percepção, o que leva a ser uma operação mais arriscada.
  • Onda 2 – Já há percepção de valorização dos ativos o que estimula mais investidores à negociação. A onda pode iniciar abaixo do topo da onda 1, mas nunca abaixo de seu nível de partida. Esta sequência pode ser vista como uma pequena correção, contudo, na verdade, é um forte indicativo de alta.
  • Onda 3 – Aqui o movimento é mais rápido e ascendente, a direção é resultado do maior volume de operações. Investidores ficam mais otimistas, portanto a curva de crescimento é maior.
  • Onda 4 – A linha sinaliza um mercado em alta com investidores otimistas, mas o volume já não é tão crescente. Trata-se de um intervalo mais curto que pode gerar riscos, exigindo experiência do investidor para saídas rápidas da operação.
  • Onda 5 – Considerados por muitos analistas um momento de transição, com baixo volume, já é visto como uma indicação contra à tendência.

Em contraposição às ondas numéricas estão as linhas descendente, em que:

  • Onda A: Sinaliza a queda podendo chegar aos valores iniciais da onda 4. Este movimento é importante, pois o pareamento dos valores dos ativos em sequência é um sinal de baixa da tendência.
  • Onda B: Repare no gráfico e veja que esta linha pode ser confundida com uma correção. É preciso atenção a todo o ciclo do ativo para que se registre toda a movimentação de preços. Com a análise da sequência, é possível enxergar a perspectiva de queda. Neste momento, o risco já aumentou devido ao menor volume o que dificulta as negociações.
  • Onda C: tendência de queda confirmada, com números abaixo da onda 4.

Como as ondas de Elliot são aplicadas nos gráficos do day trade?

Em cada onda é possível esmiuçar mais e encontrar outros padrões de ondas menores. Conforme mostra a imagem abaixo, pode-se notar que o ciclo “12345abc” é recorrente, sendo repetido em tamanhos diferentes tanto para cima como para baixo. É de suma importância ressaltar que este gráfico que utilizamos como exemplo trata-se de um fractal “perfeito”.

Fractal perfeito 

Fonte: http://www.elliottbrasil.com/analise-tecnica/segredos-sobre-teoria-das-ondas-de-elliott/

Todavia, é fácil perceber que, na prática, os gráficos do mercado financeiro não seguem esse padrão “limpo” e, por serem dessa forma, são chamados de fractais “imperfeitos”, que são semelhantes à imagem abaixo.

Fractal imperfeito 

Fonte: http://www.elliottbrasil.com/analise-tecnica/segredos-sobre-teoria-das-ondas-de-elliott/

Teoria de Dow e Ondas de Elliot, qual é a relação?

Assim como a Teoria de Dow, as Ondas de Elliot fazem parte de uma sequência de teorias utilizadas na análise técnica. As duas vem de encontro e de suplemento uma à outra, mas existem particularidades, repare: 

  • Tendência: ambas consideram que a tendência se dá progressivamente ao longo do tempo, tendo em sua essência as fases primária, secundária e terciária.
  • Movimentação dos preços: para as duas o que motiva é a razão e a emoção. Entretanto, para Elliot, há uma atenção especial para a emoção, representada pelos padrões da geometria fractal.
  • Padrões e/ou ferramentas: tanto Dow como Elliot consideram zigue zague, topos e fundos e linha de tendência. Além desses, Elliot considera ainda Fibonacci e ciclo 12345abc (fractal).
  • Estratégia no tempo: Dow dá mais importância ao longo prazo, já Elliot dá importância igual a qualquer periodicidade, atendendo bem o curto prazo.
  • Manipulação dos preços: enquanto para Dow a tendência primária é inviolável e a secundária e terciária mais suscetíveis à manipulação, para Elliot, sua metodologia não dá ênfase a isso, já que conta com recursos para se prevenir contra movimentos súbitos e voláteis.   

As Ondas de Elliot ainda valem a pena?

Muitas pessoas criticam a utilização das Ondas de Elliot por entenderem que só é possível identificar o padrão geométrico depois que ele já foi construído. Porém, se é possível afirmar que há um padrão, então é possível também identificar em que momento ele está e tomar decisões com base no fractal. Afinal, após o ciclo 12345abc vem um novo ciclo 12345abc.

Dica Smartt

O mundo da análise técnica é vasto e possui diversas possibilidades, teorias e indicadores. Todavia, tanto a Teoria de Dow e as Ondas de Elliot são as bases da análise técnica clássica. A dica que fica é: estude e compreenda as duas escolas, mescle as duas teorias e utilize o seu “tempo de tela” para criar estratégias e compreender os padrões. 

Ondas de Elliot é um tema imprescindível à formação de um investidor com atuação profissional que busca por agilidade e precisão na interpretação de um gráfico. Ao compreender os padrões existentes, ele parte para um nível avançado no entendimento das movimentações dos ativos e nas impressões do mercado. 

Atualmente existem métodos de automatização que auxiliam o investidor nas preciosas informações vindas com a análise gráfica. Desta maneira, há a possibilidade de alertas automáticos que trazem segurança para a tomada de decisão.  O uso de um robô é o melhor recurso para  o controle emocional tão necessário para a execução de uma estratégia, o que resulta em operações lucrativas no trade. #SmarttBot: nossa tecnologia em suas mãos.